Arquivo do mês: dezembro 2015
Ano novo, vida nova?
Patrícia Saar Paz e Vinícius Cavalcanti de Abreu*
Chegamos àquela época em que muitas pessoas fazem balanços do ano que “acabou” e planos para o ano que “começa”. Diversos textos e imagens circulam pelas redes sociais salientando a importância da renovação e há votos de “vida nova” por todos os lados. A sensação é de que já não há tempo suficiente para realizar nada em 2015 e de que devemos concentrar nosso foco no recomeço, fazendo tudo diferente, partindo do zero. Continuar lendo
Arquivado em Relacionamento
O que fazer com a culpa que eu sinto?
O tema do texto de hoje já fez parte de vários atendimentos clínicos: trata-se do sentimento de culpa. Acredito que este assunto pode ser discutido a partir de diferentes ângulos. O escolhido para a reflexão que proponho agora tem a ver com os desdobramentos da culpa.
Há algum tempo ouvi um palestrante dizer “algumas palavras andam em pares”. Achei sua colocação bastante interessante e fui procurar pares que parecessem mais corriqueiros. Não demorou muito para que culpa e punição formassem dupla. O que se espera quando uma pessoa é considerada culpada por um crime? Que seja adequadamente punida por sua ação, não é assim? Continuar lendo
Arquivado em Psicoterapia, Relacionamento
Jogo do contente ou o sorriso que mascara a alma
Quando era mais jovem, antes mesmo de me tornar psicólogo, ouvi falar do “jogo do contente”. Fiquei sabendo depois que no livro – “Pollyanna” – a personagem principal, uma menina de família muito pobre, aprendia esta brincadeira com seu pai como uma maneira de passar pelas adversidades da vida. Esse jogo consistia em focar no aspecto positivo de tudo o que acontecia para não se entristecer ou amargurar. Confesso que achei a ideia interessante, mas perigosa. A tristeza é um sentimento muito importante para ser negligenciado numa postura que pode incentivar o autoengano e a negação. Continuar lendo
Arquivado em Psicoterapia